A Ética no Antigo e Novo Testamento

A ética do Antigo Testamento está profundamente enraizada na santidade de Deus, expressando-se em mandamentos que orientam o relacionamento com Ele, com o próximo e consigo mesmo. Os Dez Mandamentos revelam uma estrutura moral abrangente, destacando a importância das intenções do coração, como no mandamento contra a cobiça. O livro de Jó exemplifica uma vida íntegra mesmo em meio ao sofrimento, e os livros sapienciais oferecem conselhos práticos para uma vida justa, equilibrada e sensata.

Nos Evangelhos, Jesus apresenta uma ética que vai além das aparências, confronta o legalismo e convida seus seguidores a viverem com base no amor, na verdade e na misericórdia. Em João, temas como vida eterna, amor fraternal e frutificação espiritual revelam uma ética baseada na comunhão com Cristo. Paulo desenvolve uma ética centrada em Jesus e capacitada pelo Espírito Santo, destacando o arrependimento, a renovação da mente, a prática do amor e a gratidão como fundamentos para o comportamento cristão. O livro de Atos demonstra como a ética do Reino se expande por meio da missão da Igreja, alcançando todas as culturas sob o poder do Espírito.

Tiago, por sua vez, apresenta uma ética extremamente prática, combatendo a hipocrisia religiosa e enfatizando a importância das obras, do domínio da língua e da justiça social. Assim, a Ética Cristã não é um conjunto de normas abstratas, mas um chamado concreto para viver segundo a vontade de Deus, com amor, verdade, justiça e santidade, em todas as dimensões da vida.